May 11, 2009


Pra quem não sabe, Distribuição Setorizada é simplesmente uma estratégia comercial das editoras.
Elas usam um sistema de distribuição que é feita em "ondas", primeiro, a revista é lançada nos grandes centros(RJ-SP), que é onde se concentra a maioria dos consumidores, isso é um fato, senão não seria feito dessa forma, aí, então, passado três meses essas revistas chegam ao resto do país. Chegam, pelo simples motivo de serem, parte o que não vendeu no eixo RJ-SP e parte(bem menor) reservada ao resto do país. Pode parecer injusto, mas é puramente capitalista, a editora lucra mais assim, pois fazer uma distribuição nacional é muito caro, e dessa forma, ela gasta menos nessa distribuição "local", e com os lucros obtidos da primeira "onda" ela pode pagar a distribuição nacional de forma mais tranquila.
Ponto negativo é que certas vezes, nem sempre, as revistas que chegam ao resto país vêm um pouco danificada, pois são as mesmas que viajaram primeiro pra Rio-São paulo, e estão viajando novamente para todo o resto do país.
Ponto positivo é que possibilita um lucro maior à editora e assim, possibilita que mais revistas sejam publicadas, possibilitando a nós leitores termos mais coisas nas bancas futuramente.
Infelizmente é uma realidade nacional.

Mas para mim, o problema é mais embaixo... não é culpa das editoras, e sim culpa das gráficas, ou mesmo na origem de todo o processo da confecção do papel. A verdade é que o papel está caro, mas acho que não está caro em si, mas o lucro que se obtém dele é muito alto, se a fonte (quem produz o papel, não as graficas ou as editoras) pudesse fazer preço mais competitivos, aí, sim, as revistas chegariam com preços acessíveis aos leitores. Podem falar o que quiser, não acho que haja "matéria-prima" suficiente para uma revista custar R$7,50. É o preço mais baixo do mercado, mas ainda assim, é muito para o custo-benefício. Mas isso é um problema que vem de sua base. O papel é caro, porque quem produz impõe um preço e esse preço é aceito, há diversas desculpas, mas acho que poderia ser bem menor.
Com isso ocorre coisas como a DS, que é um atraso para o mercado de HQ =(

3 comments:

  1. O que eu sei é que moro no interiorrrrr do RJ e tenho a sensação que veria as coisas anos luz atrás dos gringos (ou nem veria) se não procurasse baixar na net, uma prova disso é Y- the last man, que tá no inicio da saga AGORA aqui na minha cidade.

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  2. Bom, na minha opinião o buraco é ainda mais embaixo.
    Quando se discute o preço de uma revista se esquecem de uma coisa muito simples, o custo da produção! Cada página de quadrinho custa para ser produzida ou para pagar os seus direitos, coisa que nunca é falada nesse tipo de discussão.

    O pagamento para os autores e artistas sai da venda da revista, inviabilizando um preço mais barato, já que com uma revista se ganha na venda de quantidade.

    Se consumir 5 mil edições de uma revista a R$ 6,00 hoje, não se paga 50 páginas e todos os encargos de distribuição (como correio e etc.). Claro que falando de uma distribuição "independente", já que para se colocar numa distribuidora precisamos de uma tiragem infinitamente maior.

    Além dos custos de manutenção de uma editora de quadrinhos, como sede, computador, conta de telefone. Tudo isso está imbutido no preço do quadrinho, como de qualquer produto.

    Se a venda fosse maior, a tiragem maior, o preço poderia ser menor. E entramos no circulo vicioso novamente...

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Buuuuu