Ahnidacse

Atravessei um local escondido
Dentro de uma sala insana
Reduzi o sentido do fim
Respondi a bilhetes perdidos
É aquela passagem maluca
Que desvia olhares na rua
É aquele ditado sintoma
As erratas que dizem: "Por Que?"

Se ao menos o espaço pudesse trilhar
As partes de um finito azul
Os olhos de multi-cores esperariam calados
Sem sempre sentir sementes sedimentadas

Se em um segundo estou perdido, perdendo sangues verdes
Se em um momento sou parte do todo caído em pedaços
Viro pro lado e transtorno em lentes disfocadas
Tão lentas que reproduzem frases ímpares
De singulares plurais aos sinestésicos
De maneirismos de superfícies cruas
De longe de minhas casas frias
Olhos de dentro, sinos vazios
Vozes dentro de sacos
Mentes perfuradas
Será que vejo
Sem ver
Sim
Só
!