Invencível...

Há dias que paro e olha à volta, e não quero falar com ninguém, mas falo... e rio. E nada do que quero é realmente o que é. Ou finge ser.

O singular destrutivo que não vejo, e não sei ver, a força fraca de detém, retém e envolve você em sua mente nítida de um passado vazio.

A mentira que sou e vivo é sempre a mesma, contada tantas vezes até virar verdade; invisível verdade que me faz ser o que sou; tão prático e incomum como o sal dissolvendo na água, o álcool sólido em formas daninhas e insípidas... no ébrio deleite que te faz surgir nos meus sonhos e me faz sonhar de novo.

Sem ódio, ser cor, sem nada! Só o mesmo vazio que sempre esteve lá e nunca vai ser percebido.

Felicidade completa e mesclada, sem íris infinita ou saliva doce... sem o gosto quente das pernas e sexo... partido em milhares de pedaços incomuns e conhecidos. Saídas pelas direitas e esquerdas, como num desenho amassado e sem cor, desenhados por mãos sujas e medíocres. Sorrisos amigos e estilhaços em formas de pântanos. A liga doce de um som crível, e novamente tudo como é e não deveria ser, e é... e sempre é. Feitos, pedaços, rancores e olhares pra cima, sua tinta manchada na mente sem repetições, escuro no fim e no meio, sem começo. Quem percebe as linhas entrelaçadas e fugazes que tecemos todos os dias, e a dor do sono, da insônia, da picardia ilustrada e prazeres cruéis. Fatos passados a limpo.

Tudo está parado agora, e em movimento. Dito o óbvio, espero mais um segundo, mais uma palavra vazia e errada, mas uma grafia sem nexo ou importância, que se desfaz no amanhã regado ao um ódio vazio, sem nenhum gosto ou valor, cenas um episódio que será reprisado sem nenhuma importância. São sonhos que mínguam ao fim do dia, resquícios de algo que nem sei o que é.

E parados, em movimento, os planetas giram..

Só mais um pouco......