Mar 3, 2011

Sem Gelo


Depois de deixar para trás as últimas partes de um Sem-Jeito cósmico, arrependeu-se do passo direito que deu em volta da órbita de seus olhos... olhos cegos devido à exposição excessiva de parábolas orgânicas.
Aquilo o fez pensar cada vez mais rápido em como o sangue do seu coração falava coisas sobre torturas ninjas ou repertórios de setembro à noite.

A bagagem pesava cada vez mais, nem mesmo os retratos do dia seguinte salvavam as nove horas de solidão daqueles repórteres gêmeos siamêses, nada aplacava mais a sua voz do que o peso nas suas costas. Relembrou-se rapidamente de 69 anos de caminhadas na esteira rolante, sabia que o certo era não pensar naquilo, mas a nostalgia do que o jovem em seu cabelo disse não o deixava beber sem gelo..

Sentado no horizonte torto, pegadas de pó púrpura comiam seus últimos cacos de vidro quente, cavalgadas de linhaça respondiam à certas perguntas erradas, apenas em falso e verdadeiro. Aquilo era a situação que a espera deixou passar nas ruas sujas de limão, nenhum movimento foi dado até que o sinal gritasse em partes ligeiramente iguais.

Aquele pedaço de chuva sentado não queria mais estar ali, foi quando a chegada do estranho parou as engrenagens de um esquilo falante, ela levantou e o chamou, mas ele nem estava ali de verdade, mas foi mesmo assim, apenas para se sentar no sofá vermelho e branco e chorar às 3 horas manhã, frente a tela azul que perguntava "São anos de referência?"

Somente o dia seguinte fez o efeito de aspirinas congeladas, queria receber agora, mas a dor em movimento o mantinha em zigue-zague, para retornar sempre, de novo, repetidamente, em aliterações ao mesmo COMEÇO.

No comments:

Post a Comment

Buuuuu