Jan 7, 2013

Sincrônica...

E o momento passa, e os ventos limpam o que não está parado.  Frustração crônica e sem fim do futuro passado, aquele que não está mais aqui, nem ali... sementes plantadas e nunca colhidas... erros... vacilos... perda de tempo.
Não há por que crer no sobrenatural, não há por que temer o que não existe, mas o irreal é mais tátil que a realidade fútil e vazia de cores, de frames pintados e enfeitados... maquia-se, mas ainda se vê o fundo, imagina-se, mas ainda se conhece o por trás da máscara.
Às vezes, para-se no erro de rever os passos passados, o caminho errante e errôneo até aqui; crê-se em paralelos, tempos e formas contínuas de certo e errado, que ao mesmo tempo de tão perto distanciam-se infinitamente. Vê-se esta incongruência da realidade certa, do mundo real que não está certo, não está certo... aqui, bem aqui, está a continuidade real, sem esse fracasso, sem essa pestilência interna que atrapalha, e fere. Está aqui, mas não é acessível... e no fim deve-se apenas se conformar... porque o imaginável, o lúdico não existe aqui, e existe... mas com os pés no chão não se alcança um sonho.

1 comment:

  1. "Não há por que crer no sobrenatural, não há por que temer o que não existe, mas o irreal é mais tátil que a realidade fútil e vazia de cores, de frames pintados e enfeitados..."

    Acho que a realidade é fútil e vazia de cores, mas é repleta de frames bem pintados e bem falsos que cegam e iludem.

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Buuuuu