Acorde. Tudo em sua volta é tão real quanto os filmes que você via quando tinha sete. Como pode ficar assim e deixarem te cobrir de mentiras. Mentiras leves e pequenas, repetidas até se tornarem verdades. Semelhantes a um tempo bom.
Mentiras. É tudo o que somos. Prolongamentos de prazeres inócuos e efêmeros. Herméticos em suas vontades. Aconteceu, surgiu e desfez a crueza dos sentimentos. Duas pessoas ligadas na mentira (mas quem não é?), eles uniram os corpos uma noite, foi quente e gostoso, parecia eterno, mas o tempo é a maior das mentiras. Eles estão sós em suas várias companhias. Sozinhos, contudo acompanhados. Ele não liga; ela não quer ligar. E vice-versa.
Disseram algo sobre nudez, família e relacionamentos. Estava escrito. Fez-me refletir, refletir como um espelho quebrado. Opiniões pessoais de pessoas que conheço e pouco importam. Poesias e declarações temperadas com cinismo e sarcasmo. Mentiras maquiadas.
Quero ser os filmes que via com dezenove, quero ser a mentira que me agrada e me faz sentir o frio na barriga. Quero ser a mentira dos sonhos e não a dos despertos. Essa me enoja, cria espinhos no coração. Odeio a mentira da realidade.
Ela é aproveitadora, eu sou levado. Ela é despeitada e invejosa, eu sou fraco. Ela é estranha e eu sou legal.
Acorde do sonho mentiroso de olhos abertos que é o agora!
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Buuuuu